Bocas roxas de vinho
Testas brancas sob rosas
Nus, brancos antebraços
Deixados sobre a mesa
Tal seja, (...) o quadro
Em que fiquemos, mudos
Eternamente inscritos
Na consciência dos deuses
Antes isto que a vida
Como os homens a vivem
Cheia da negra poeira
Que erguem das estradas
Só os deuses socorrem
Com seu exemplo aqueles
Que nada mais pretendem
Que ir no rio das coisas.
(Ricardo Reis)
Nenhum comentário:
Postar um comentário