sexta-feira, 15 de maio de 2009

Vazio


Existem dias em que a gente não consegue nem ao menos sentir...
Não sei por qual razão essa ausência faz o papel ganhar contornos.
O céu azul não diz nada; a brisa, torna-se um vento forte; o mar calmo, ressaca.
Ainda quando tudo isso se confunde, é possível sentir.
Ainda que o azul esteja ali, e a brisa e o mar, mesmo que vistos de maneira disforme,
existe um sentir.
E quando tudo isso não é percebido?
Esvaziamento...
Confusão!
O choro não é suficiente, porque nem mesmo conseguimos explicá-lo.
As linhas preenchidas do papel, não dizem nada e nada.
E os desejos vão desaparecendo.
Sintra fica cada vez mais longe, e Évora, e Coimbra.
O longo prazo cansa, e o apartamento pequeno vai ficando cada vez maior, sem vida.
Não importa o quanto aquele gato de pêlo preto se deite ao chão, fazendo graça...
Sintra está longe, e Évora, e Coimbra, e aquele outro ser de pêlo preto, junto com seu dono...

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