sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Desvelo


O sol reaparece e a mesa é posta.
Dias de companhia, dias de solidão.
Mas o braço em volta do corpo é o que conta...
E quando não está ali, as patas, o pêlo.
O ronronar na escuridão!
O sol reaparece e o teto pára de pingar.
Gotas!
Gotas e gotas de chuva, de choro velado.
O corpo se despe, a parede vai soltando a tinta.
Mas o corpo despido não é visto,
assim como as gotas pingando do teto deixam de importar.
Muda-se a rotina.
Aquela que dorme no peito vai para os pés, e os aquece.
E o que fica na ponta da cama se aninha ao braço,
põe-se em volta do corpo. É o que conta!
Aquele ronronar na escuridão!

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